Memórias e ancestralidades negras e indígenas. Estes são os pilares em que se ancora a narradora ao relatar momentos marcantes da sua infância, como o encantamento com o seu cabelo blackpower que faz lembrar a copa frondosa de uma árvore. A avó, de mãos habilidosas e amante das artes, entrança os fios crespos da neta ao prazer e à liberdade de ser criança. De forma magistral e sensível, a qualidade literária do texto da autora afro-carioca e a expressão artística apurada das ilustrações do designer afro-mineiro permitem que as estéticas afro-indígenas e suas interculturalidades se integrem ao cotidiano ficcional infantojuvenil.
AUTORA: Eliana Alves Cruz / ILUSTRADOR: Bruno Cantú (2019, 16p.)